AMERICANAS PASSAM COM LOUVOR NO TESTE DE ESPANHOL
A Seleção dos Estados Unidos venceu a Espanha, por 2 x 1, e dentro das quartas de final enfrentará a França, numa espécie de final antecipada.
(Foto: Franck Fife - AFP)
A seleção americana entrou como favorita em campo, mas as resilientes espanholas defenderam a camisa com muita disposição e vigor e fizeram as melhores do mundo correr em busca da vitória. Uma partida que de fácil nada teve. O triunfo garantiu a invencibilidade dos EUA na Copa do Mundo Feminina para 14 jogos, que é um pouco abaixo do recorde da Alemanha de 2003 a 2011.
Megan Rapinoe, em dia de pura inspiração esbanjou talento e converteu dois pênaltis a favor dos Estados Unidos, enquanto Jennifer Hermoso fez o gol da Espanha. O próximo desafio das melhores do mundo é enfrentar a equipe da França, dona da casa, nas quartas de final, e será uma final antecipada, já que muitos especialistas apostaram que as duas equipes disputariam o título.
O jogo começou cheio de emoção e, logo aos quatro minutos, a árbitra assinalou um pênalti para as americanas, pois ao invadir a área, Heath foi derrubada por Leon. A capitã Megan Rapinoe chamou para si a responsabilidade e converteu num chute certeiro, bem no cantinho da arqueira Paños.
A Espanha surpreendeu com uma reação quase que imediata, ao invés de entrar em surto coletivo, e empatou a partida, aos oito minutos, num belo gol de Jennifer Hermoso que bateu colocado depois de receber passe de Lucia Garcia. Foi o primeiro tento sofrido pela equipe dos Estados Unidos na competição.
Com o empate, ambas as equipes buscaram caprichar na criação de jogadas ofensivas, mesmo com a marcação defensiva muito bem efetuada. Algumas brechas foram encontradas e chutes a gol foram dados, inclusive Megan Rapinoe abusou deles. Recebeu redondo de Heath e estocou de primeira, subiu pela direita e tentou da área, mas foi travada na finalização, até levar cartão amarelo por acertar o rosto de Corredera com a mão.
A segunda etapa manteve o ritmo veloz e mostrou um equilíbrio entre as equipes, com a mesma atenção em sua marcação defensiva. As jogadoras americanas Lewis, Lavelle e Rapinoe tentaram chutes fortes, assim como a Roja Lucia Garcia. As espanholas até tentaram segurar o poderio ofensivo americano, mas a capitã Rapinoe estava em dia inspirado e ousou em todos os espaços que encontrou em campo.
Aos 25 minutos, Lavelle foi tocada por Torreciella dentro da área e a árbitra, à princípio optou por marcar infiltração, até ser chamada pelo VAR e pedir a revisão da jogada. Penalidade máxima para as americanas, para desespero das espanholas. Alex Morgam pegou a bola e se colocou na marca, mas quem bateu foi Rapinoe que, com muita categoria, colocou a bola no fundo da rede. Findou-se assim a esperança da Espanha.
Alex Morgan passa a bola para Megan Rapinoe cobrar o pênalti
(Foto: Franck Fife - AFP)
Impossível nas chuteiras, Rapinoe foi autora de mais uma jogada incrível, no final da partida, e quase marcou o terceiro americano de trivela, que seria um golaço. Ela foi a segunda jogadora da história da Copa do Mundo Feminina a marcar dois pênaltis em uma partida. A primeira foi a espanhola Jennifer Hermoso, em jogo contra a África do Sul no início do torneio.
Pela atuação perfeita, a capitã americana foi eleita a melhor em campo, pela FIFA, e para seu deleite recebeu o troféu de ninguém menos do que Abby Wambach, a maior artilheira americana de todos os tempos e ex-companheira de equipe. A maravilhosa que brilhou em campo expressou seu contentamento com palavras.
"Essa é a garra da Copa do Mundo. Você não pode repetir isso. Você não pode ensiná-la. Dissemos um ao outro durante o jogo que precisávamos subir outro degrau, pois os jogos só ficam mais difíceis e mais intensos a partir daqui. Todo mundo está jogando por suas vidas", declarou.
A atleta também fez sua projeção sobre o próximo jogo contra a França, pelas quartas de final, que deve ser realizado na sexta (28), em Parc Des Princes.
"Precisamos nos manter muito organizadas. A equipe francesa é muito boa na bola. Elas têm uma tonelada de talentos ofensivos e precisamos ir atrás delas. Não podemos nos sentar e deixá-las jogar”, avaliou.
A alegria das Superpoderosas americanas
(Foto: Franck Fife - AFP)
A técnica Jill Ellis concedeu coletiva no final do confronto e explicou seu raciocínio ao iniciar Sam Mewis em vez de Lindsey Horan na partida contra a Espanha.
“Fomos com Sam para termos mais profundidade dentro de campo. Foi apenas uma decisão sobre o que precisávamos para este jogo em particular. Lindsey é uma grande iniciadora nesse time e é com termos várias opções a esse respeito”, analisou.
Ellis estava bastante satisfeita com a conquista da classificação e disse ficar empolgada diante de jogos grandes e competitivos, como será contra a seleção anfitriã.
“Por essa adrenalina que gosto tanto de treinar equipes. Será ser um jogo incrível. Provavelmente será louco e intenso, como deveria ser. Que peça de vitrine. Nós dois temos boas jogadoras, bons times, um bom set-up, então vamos em frente”, afirmou.
Carla Andrade