No retorno ao Pacaembu, Timão não consegue a vitória
Em um jogo marcado por polêmicas, o Corinthians ficou só no empate com o Cruzeiro.
No retorno do Timão à sua "saudosa maloca", sob o olhar de mais de 33 mil corinthianos e valendo o título simbolico do primeiro turno, as coisas começaram parecendo a realização do que a torcida alvinegra pediu pra Deus: Logo no primeiro minuto de jogo, após cruzamento de Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto encheu o pé e mandou a bola direto pro gol.
Minutos depois, a primeira polêmica da partida: Em um choque de Cássio com o atacante Ábila dentro da área, os cruzeirenses pediram pênalti. O juíz não considerou, anotou um cartão amarelo ao atacante por reclamação e mandou seguir o jogo.
As coisas só pareciam ir bem para o Corinthians. Apesar do gol logo no inicio, o Cruzeiro não se deixou intimidar e foi pra cima, tendo 7 finalizações contra apenas 3 dos donos da casa. O lance mais perigoso veio aos 17 minutos.
(Daniel Augusto JR./Agencia Corinthians)
Na segunda etapa, o gás cruzeirense continuou dando trabalho ao Corinthians. Era preciso aos alvinegros vencer por três gols para terminar o primeiro turno em primeiro lugar, mas com um ataque completamente ineficiente a missão se tornou cada vez mais difícil.
Não a toa que no futebol vale a lei do "quem não faz, toma", aos 20 minutos o Corinthians tomou: Àbila, o mesmo da polêmica do pênalti no primeiro tempo, marcou para a raposa.
Depois do gol tomado, o Timão até deu uma acordada e se tornou mais agressivo. Bruno Henrique e Giovanni Augusto até tiveram boas chances, mas não foi o suficiente para mudar o placar da partida que terminou em 1x1.
Algumas vaias e gritos de "burro" ao treinador Cristóvão Borges durante a partida irritaram o volante Elias que, na saída do campo, fez uma declaração um tanto quanto infeliz: "Nesse final, nossa torcida parece que virou a torcida do São Paulo, reclamando. Tem que apoiar. Eles fazem a parte deles, vêm ao estádio, mas precisamos de uma força deles também".
A Fiel lota o estádio desde amistoso até em decisão de Libertadores, paga ingressos a preços nada populares, canta os 90 minutos, dá o sangue pelo Corinthians, pressiona o adversário como nenhuma outra no Brasil e talvez no mundo faz. Força maior do que isso só colocando 30 milhões de Corinthianos pra correr no lugar de jogadores omissos e sem vontade. Se com esse apoio incondicional, a equipe não consegue se quer segurar um resultado contra um time que está na zona de rebaixamento, fica difícil saber o que, então, é necessário.
O Timão encerra a primeira metade do campeonato na terceira colocação com 34 pontos. O próximo desafio é fora de casa, contra o Grêmio, no próximo domingo às 11h da manhã.
Vai, Corinthians!
Por Victória Monteiro