VAMOS COM CALMA, UM PASSO DE CADA VEZ.
Não.. não estou aqui para comparar meu time com a Alemanha. Não estou aqui pra dizer que já temos uma mão na taça. O surpreendente ou talvez inesperado placar de ontem, nos deixou sonhar ainda mais.
Éramos os donos da casa. Era como se aquele parente indesejado, viesse para o almoço de domingo e você mais do que depressa faria de tudo para mandá-lo embora. Era como aquele sobrinho que chega e tenta bagunçar tudo e você só quer dizer - minha casa, minhas regras.
E foi assim. Com 40 segundos de bola rolando, a macaca mostrou que não está no Campeonato Paulista a passeio e no chute de Jeferson, Pottker desviou colocando a Ponte a frente.
Ainda sem acreditar e comemorando o primeiro gol, Lucca mostrou que é adepto do preto e branco e marcou o segundo. Dois a zero estaria de bom tamanho para levar o jogo de volta. Mas para que se contentar com pouco? Jeferson marcou o dele. Daí pra frente era só administrar.
Foto: Fabio Leoni/Ponte Press
Enquanto todos pensávamos que dali em diante teríamos um time retrancado, Gilson Kleina mostrou que nessa hora, competência e cabeça fria, podem sim ganhar jogo.
Era quase impossível acreditar no que meus olhos viam no telão. Era impossível acreditar que a torcida do Palmeiras assistia tudo aquilo calada.
Não vou nem mencionar aqui, os dois pênaltis não dados para a macaca. Pareceria chororô diante do espetáculo que presenciamos em Campinas ontem.
Entre todos os agradecimentos, farei dois em especial - o primeiro ao Senhor Eduardo Baptista, que saiu de Campinas declarando amor a macaca e em sua primeira oportunidade, nos chamou de "time fácil e viril".
O segundo, para o repórter da Rádio Jovem Pan, Spimpolo, que disse que a macaca não daria nem para o cheiro. Tudo isso foi passado aos jogadores no pré jogo, e não tenham dúvidas meus senhores, foi de muita serventia.
Não passaríamos da fase de grupos. Cairíamos diante do Santos. Seríamos massacrados pelo Palmeiras. É meus senhores, continuem assim. Continuem não acreditando. Continuem achando que somos pequenos. Nossa torcida mostrou a força que tem e que está junta com o time.
Ainda tem o jogo da volta. O futebol nos reserva muitas surpresas. Pode ser que tudo isso acabe no próximo sábado. Pode ser que o tabu no Allianz seja mantido.
Esperamos ansiosos o revival de 77, mas no futebol não se pode escolher o adversário, e se passarmos por mais essa, estaremos prontos com a mesma garra e a mesma determinação que nos trouxe até aqui!
Eu já disse - estão nos deixando sonhar, e nós estamos gostando.
Li Zancheta - Ponte Preta gigante, raça de campeão.